31 de outubro de 2011

BRUXO, MAGO, FEITICEIRO E A CAUSA ANIMAL



Neste artigo propomos uma reflexão a respeito do significado das palavras bruxo, mago e feiticeiro, tão mal empregadas na atualidade, na tentativa de, através desta compreensão, levar ao entendimento de que bruxos e gatos não têm necessariamente um relação, ou seja, matar ou maltratar animais sem propósito algum e práticas muitas vezes atribuídas aos bruxos, na realidade não são.


Quais são as fontes para pesquisa?  
A primeira poderia vir do Latim.
O latim é uma antiga língua indo-européia do ramo itálico originalmente falada no Lácio, à região do entorno de Roma. Foi amplamente difundida, especialmente na Europa, como a língua oficial da República Romana, do Império Romano e, após a conversão deste último ao cristianismo, da Igreja Católica.

Outra hipótese é a busca fora do latim, em outras línguas, como os primeiros escritos citando a forma etimológica da palavra.

Não dá para se basear no dicionário Michaelis ou Aurélio, visto que algumas palavras sofreram distorção no tramitar do tempo.


Um exemplo disso é a palavra Bruxaria, que é anterior ao período romano na Ibéria, ou seja, a palavra bruxa, bruja como outras foram indexadas ao latim naquelas regiões e chegaram até as línguas portuguesa e espanhola.

Portanto o termo bruxo tem um significado bem diferente constituído pela Igreja Católica na idade medieval, esta sobre a influência cristã, onde qualquer religião, qualquer seita, qualquer espiritualidade era tida como influência diabólica, portanto uma marginalização em massa; se pensarmos assim, teremos o judaísmo como bruxaria, teremos o luteranismo (movimento protestante) como bruxaria, temos um monte de outras crenças alternativas, inclusive o movimento anti-cristão (satanismo).



Não concordamos com o termo bruxaria nesta fase histórica completamente obscura, tanto socialmente como religiosamente falando, pois o diabo nem entra em nossas crenças, esta visão distorcida cabe para quem estuda e pratica magia do período medieval e moderno, e nem pode ser considerada como Bruxaria (termo para senda) e sim como um agregado de crenças e feitiçarias subjugadas pela Igreja Católica "bruxarias" - feitiçaria maléfica e marginalizada.

Então, o grande problema que a língua portuguesa traz, por ser uma das mais complexas línguas do mundo, é essa dubialidade, essas "corruptelas" da palavra e do sentido que tornam nossa comunicação tão confusa, promovendo guerrinhas tolas e sem sentido.

Hoje vejo até gente da Umbanda falando que faz "bruxarias" com o significado de feitiçaria obscura, que o Exu dela faz "bruxarias". Para quem busca por raiz em cada religião sabe que isso em nada tem haver com Bruxaria em essência.


Sobre a palavra "mago"

 Mago: “1) Antigo sacerdote zoroástrico, origem  persa; 2) Astrólogo; adivinho; 3) Homem que pratica magia; 4) Cada um dos três reis que foram a Belém adorar o menino Jesus; 5) significado de maestria”.

Aqui já vi até variação de palavras que provém da Língua Persa, magus ou magi, que significa sábio. Da palavra "magi" também surgiram outras tais como "magister", "magista", "magistério", "magistral", "magno", etc.

Mas de forma algum vem do latim "Maleficus" que deriva Maléfico.


Outra fonte:
É comum atribuir a vasta região da Mesopotâmia como a origem dos magos, porque as suas atividades têm muito a ver com a astrologia. A magia praticada pelos magos proliferou a partir do período de domínio persa (537-330 anos antes de Cristo). Os judeus que estiveram exilados naquela região (597-539 a.C.) receberam essa influência, e, ao retornarem, certamente trouxeram a prática da magia e adivinhação para Israel. O livro Atos dos Apóstolos registra a conversão de muitos magos (At 13,6-8; 19,13-19).

É significativo mencionar que o evangelista Mateus registrou a presença de reis magos no evento do nascimento de Jesus, na cidade de Belém. O Evangelho de Mateus não menciona a quantidade, mas a tradição cristã afirma serem três "reis magos", supondo que cada um trazia uma espécie de presente: ouro, incenso e mirra (Mt 2,1-12). Ao mencionar a presença dos reis magos no nascimento de Jesus, o evangelista queria afirmar a universalidade da mensagem pregada por Jesus Cristo. A manifestação do interesse dos magos do Oriente pelo nascimento de Jesus é completada pelo registro da conversão de pessoas vindas de todos os cantos da terra.




Agora sobre o termo feiticeiro:
1. Aquele que faz feitiço

Quem faz feitiço?
Bruxos, Magos, Umbandistas, Candomblecistas, Catimbozeiros, etc... 

O que são feitiços - Emprego de sortilégio, encantamento, procedimento mágicos. O objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade. Um feitiço pode ser benéfico, inofensivo ou maligno, no último caso, um exemplo é uma Maldição. Um feitiço pode ser feito através de rituais, utilizando-se de amuletos, palavras mágicas, poções, etc.


Dessa forma podemos concluir facilmente que nem todo feiticeiro é um bruxo e que não se pode usar o termo “bruxo” como um termo genérico para definir qualquer tipo de praticante de feitiçaria.

E quanto aos animais?

As mais variadas práticas mágicas -práticas de feitiçaria- se utilizam de fontes primárias de energia para através desta manipulação interferir na realidade.

Uma destas fontes, chamada de magia da essências, envolve animais bem como envolve ervas ou outros elementos da natureza, e quando vemos um animal – os gatos, por exemplo - que foi maltratado em algo deste genêro, o que temos é o resultado da falta de maestria de algum feiticeiro que quis fazer uso de uma essência de forma inábil, geralmente movido por propósitos pouco justificáveis.

Não vamos detalhar aqui como é feita a utilização destas essências, nem dizer a que se destinam, exatamente para não despertar mais interesse em práticas que na maioria das vezes são desnecessárias e se prestam a fins egoísticos, seria irresponsável de nossa parte detalhar tais questões, sabendo que a internet esta à merce de interpretações equivocadas e distorcidas.

A verdadeira magia é aquela que transforma, antes de mais nada, a si mesmo; e o feiticeiro, seja ele bruxo, umbandista, xamã, tenha a raíz cultural que tiver, que tem este entendimento, terá a maestria necessária para direcionar seu caminho fazendo o uso adequado das essências.

As antigas civilizações realizavam o sacrifício animal, assim como realizavam também o sacrifício humano, e seria contrariar a história não fazer esta menção; entretanto, neste período, para tal prática, realizada com o mais profundo respeito, o espírito do humano ou do animal era desligado antes quando não, o próprio ser se oferecia para o sacrifício e o propósito sempre era destinado a uma causa muito forte. Não queremos com isto justificar qualquer prática, nem cair no julgamento da cultura de qualquer povo, não estamos tomando partido ou dizendo que seja certo ou errado, mas sim contando a forma como este tipo de prática era tratada na antiguidade, algo bem diferente do que vemos em matadouros ou em fábricas de casacos de peles.

No mais, existem formas de substituíção para estas práticas, trocas de essências que podem ser realizadas, como dito, a forma sempre depende da maestria e da intenção do feiticeiro que a prática.


Cordialmente,




Um caminho claro sobre as tradições na Bruxaria

 
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